sábado, 25 de dezembro de 2010
Resultados do Eclipse
A fase parcial durou de 4:30 até 5:40 e pude vê-la quase totalmente, com poucas nuvens interferindo. Aliás, quando a Lua ainda estava com brilho forte, algumas dessas nuvens logo acima da Lua assumiram tons coloridos por conta de um fenômeno chamado iridescência.
A sombra da Terra avançava vagarosa mas decididamente, cobrindo a Lua cada vez mais.
Na parte obscurecida, a Lua assumiu um tom vermelho muito bonito, tando a olho nu quanto ao telescópio.
E para completar, ela estava baixa no céu, compondo uma bela vista com o horizonte da cidade.
Às 5:40 teve início à fase total do eclipse, com a sombra da Terra finalmente tendo feito seu trabalho, bloqueando toda a luz direta do Sol sobre a Lua. O dia começou a clarear. A Lua estava totalmente agraciada com o tom vermelho, e o céu azul escuro como pano de fundo conferia à cena um toque especial.
Às 6:05 a Lua sumiu atrás de uma nuvem no horizonte e não apareceria mais. Mas o eclipse foi um sucesso, uma bela composição de azul e vermelho que se completavam.
Por volta desse horário o Sol, que nasceria em mais uns 10 ou 15 minutos, já agraciavam as nuvens do lado leste com o mesmo tom avermelhado que a Lua havia assumido.
São iagens que ficarão na minha memória.
P.S. Todos os horários aqui citados estão no horário brasileiro de verão, ou seja, 2 horas a menos que o GMT.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Eclipse da Lua dia 21/12
- 04:35: A sombra da Terra começará a cobrir a Lua, dando início à fase parcial do eclipse;
- 05:40: A sombra da Terra cobrirá totalmente a Lua, dando início à fase total do Eclipse;
- 06:52: A sombra da Terra começará a descobrir a Lua, dando final à fase total do eclipse (para as cidades onde o Sol ainda não tiver nascido);
- 08:00: A sombra da Terra deixa totalmente a Lua, dando final á fase parcial do eclipse (somente visível em pouquíssimas áreas do Norte do país).
Antes das 04:35 e depois das 8 horas ainda teremos a fase penumbral do eclipse, uma fase pouco visível. A primeira fase penumbral começa às 03:30.
No Sul, Sudeste, parte do Centro-Oeste e grande parte do Nordeste do Brazil o dia já estará amanhecendo quando o eclipse total se iniciar. Não deve deixar de ser uma visão diferente, com a Lua em sua coloração avermelhada característica dos eclipses totais contra um fundo de céu azul escuro. A proximidade do horizonte também deve conferir um aspecto diferente à cena, especialmente por causa da ilusão que o Sol e a Lua parecem maiores quando baixas.
No Norte do Brasil o dia somente começará a amanhecer durante a totalidade. O início da totalidade se dará com o céu escuro ainda.
Aproveitem!
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Iridescência
Foi o que decidi fazer e fui muito bem recompensado! Estava lá uma iridescência muito bonita! Corri então para pegar a câmera. Ela já estava mais fraca no momento que tomei as fotos, mas ainda estava bonita.
O padrão colorido nas nuvens, à esquerda, é a iridescência. É causado por um complicado fenômeno físico chamado difração, que ocorre com a luz solar ao incidir sobre as gotículas de água que formam as nuvens. Como ocorre próximo ao Sol, tive que baixar bastante a exposição da máquina fotográfica, de modo que o céu azul acabou aparecendo quase preto nas fotos.
Mais informações sobre iridescência, em inglês, no site Atmospheric Optics, do Les Cowley:
http://www.atoptics.co.uk/droplets/irid1.htm
sábado, 20 de novembro de 2010
Astrofotografias de 3 de novembro
Um amigo, o Anderson, me acompanhou. Resolvi fotografar objetos mais fracos, para depois pegar alguns mais clássicos. Comecei com a Nebulosa Véu do Leste e a Véu do Oeste, remanescentes de uma explosão estelar. A do Oeste não ficou muito boa, mas deixo aqui a Véu do Leste.
Enquanto isso eu e o Anderson olhávamos pelo telescópio alguns objetos, como as duas Nuvens de Magalhães. Na sequência fui fotografar a Galáxia de Andrômeda, a única galáxia que vemos a olho nu com exceção das Nuvens de Magalhães.
O Anderson então me sugeriu ir para a Galáxia do Triângulo, ali na mesma região do céu. É uma galáxia fraca mas resolvi tentar.
Pretendia então fotografar as Nuvens de Magalhães, galáxias bem mais fortes e grandes. Mas explodiu um transformador ao longe e a energia na Cainã acabou. Como eu estava tanto com a câmera fotográfica como o tripé motorizado ligados na energia, a festa acabou. Mas logo depois, enquanto eu ajeitava as coisas para ir embora, algumas nuvens surgiram no céu para o lado de Curitiba. Iluminadas pelas luzes da cidade, adquiriram um belo tom avermelhado na paisagem da pousada. Além disso a constelação de Orion, com suas Três Marias, já havia nascido e estava misturada a essas nuvens.
Foi uma bela noite, pude aproveitar muito! Além das fotos vi pelo telescópio vários objetos dos quais estava muito saudoso!
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Cumulus Humilis
As cumulus têm vários estágios de desenvolvimento. Ao aparecerem elas são normalmente pequenas, com alturas menores que suas bases. São as cumulus humilis. Pode ocorrer de, com um desenvolvimento posterior, suas alturas fiquem iguais às suas bases, passando então ao estágio de cumulus mediocris.
Se for um dia bem quente as cumulus continuam se desenvolvendo e acabam colando-se umas às outras, formando grandes paredões de nuvens. São as cumulus congestus. E, caso haja energia para mais desenvolvimento, elas se transformam na mais ameaçadora e agressiva das cumulus, as que provocam as grandes tempestades de verão, com pancadas rápidas de chuva pesada. São as cumulu-nimbus.
Hoje em Curitiba elas chegaram apenas ao primeiro estágio, a humilis, com algumas cumulus mediocris isoladas no começo da tarde, devido à ausência de um aquecimento mais acentuado.
domingo, 7 de novembro de 2010
Halo solar em Curitiba
Os cristais têm o formato de placas hexagonais. Essa geometria permite a formação dos halos.
Para registro: as fotos abaixo foram tiradas por volta das 13:30, horário de verão local. Antes, lá pelas 10 horas, houve o início da formação de um halo circunscrito, fazendo uma bela composição com o halo circular. Mas não ficou muito forte.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Flash Azul
Mesmo assim consegui capturar um fenômeno chamado flash azul. Devido ao perfil vertical de temperatura da nossa atmosfera, a luz do Sol é levemente desviada de várias formas no seu caminho até o observador por refração. A forma do Sol, em alguns casos, pode ficar bastante distorcida. Como cada cor do espectro solar (vermelho, verde, azul e as outras cores) se desvia de uma maneira diferente, acaba ocorrendo a separação de cores na região próxima do limbo solar. Em alguns casos, quando acompanhamos o pôr do Sol ao telescópio ou binóculo munidos dos filtros próprios, notamos às vezes alguma parte astro que aparenta se desprender do resto, causando um pequeno flash de luz. Mas o flash mais comum é o verde, chamado flash verde. O flash azul é mais raro, devido à dificuldade da luz azul em viajar toda a extensão da nossa atmosfera até o observador sem se dispersar.
Na foto abaixo, uma pequena parte no topo do limbo solar parece estar quase separada do disco principal, e nas bordas dessa partezinha há uma coloração azulada, até meio roxa. É o flash azul.
Clique na foto para ampliá-la.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
O Ar continua Péssimo
Esse bloqueio da fumaça é causado pelo mesmo fenômeno que causa um aumento substancial da temperarura: às 12:30 do dia 20 fazia 11C em Curitiba, no mesmo horário do dia 21 fazia 14,4C e hoje, também às 12:30 faz 26C! Esse fenômeno, chamado subsidência, caracteriza-se por um aquecimento do ar à medida que ele desce dos altos níveis.
domingo, 5 de setembro de 2010
A Volta do Céu Azul em Curitiba
Mas uma pequena frente fria resolveu o problema. Ela chegou ontem à noite, sem fechar o tempo, mas alterando os ventos de modo a aumentar as condições de dispersão da atmosfera. Fortes ventos na superfície e em altas altitudes carregaram os poluentes para longe.
Ontem a temperatura chegou a 30 graus em Curitiba, com um ar altamente poluído, e de madrugada chegou a 7, com um ar super límpido.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Sol Manchado
Hoje foi um dia que ele não conseguiu. Mas, aproveitando-me da condição adversa do acúmulo de poluentes no ar de Curitiba, resolvi checar no site Space Weather (www.spaceweather.com) a existência de alguma mancha solar no lado do Sol voltado para a Terra. Realmente havia algumas, pequenas. Assim, resolvi tentar algumas fotos do Sol altamente filtrado pela poluição. Para ver a mancha, clique na foto para trazer a versão em alta resolução. Ela está bem embaixo do disco solar.
Ela é muito pequena e tênue. Talvez você precise dar uma procurada antes de achá-la.
Precisa de ajuda? Aqui vai:
Tá, eu coloco o Sol maiorzão:
Nessa última foto dá para ver, também, uma mancha próxima ao centro do disco.
sábado, 21 de agosto de 2010
Inversão Térmica em Curitiba
O fenômeno físico responsável pelo acúmulo de poluentes sobre Curitiba é a inversão térmica. Isso ocorre quando a temperatura, normalmente menor quanto mais alto estamos, passa a ter um perfil inverso. Ou seja, nas primeiras dezenas ou centenas de metros a temperatura aumenta com a altura. Um perfil de temperatura nesse estado causa um bloqueio nas correntes ascendentes de ar, prendendo sobre a superfície um ar cada vez mais carregado de poluentes. A cada dia que passa mais sujeira é adicionada à atmosfera, e praticamente não há renovação do ar.
A inversão térmica, por sua vez, é causada por um fenômeno chamado subsidência do ar. Uma grande camada de ar, a grande altitude, desce em direção à superfície. O ar descendente encontra uma atmosfera mais densa aqui embaixo, e se comprime. Lembrando então das aulas de Física do segundo grau, quando o professor ou professora explicou sobre a Lei dos Gases, um gás (neste caso o ar) em compressão esquenta. Ele sofre um processo chamado compressão adiabática. Por isso Curitiba (e muitos outros locais) tem tido temperaturas altas para a época.
Mais poluição em Curitiba...
E mais poluição em Curitiba. O Sol não conseguiu chegar ao horizonte no dia 21 de agosto.
domingo, 15 de agosto de 2010
Miragem
O sol intenso da tarde do dia 14 de agosto em Curitiba esquentou a parede externa do prédio onde moro de tal forma que se produziu uma miragem ao se olhar para baixo. A temperatura do ar era de 13C, mas o ar imediatamente em contato com a parede estava bem mais quente. Essa camada de ar quente produziu desvios nos raios de luz vindos do chão lá embaixo antes de chegarem aos meus olhos.
Na foto, a estrutura lá embaixo não tem aquele ângulo perto do prédio. O que se vê, na realidade, é quase um reflexo, como se houvesse um espelho. A imagem após a foto explica que o que se vê para baixo da linha da miragem, em vermelho, é o que está acima dela, invertido.
Encontro de Planetas II
As fotos foram feitas da casa da minha namorada. Na panorâmica resultante, a conjunção está à esquerda e o flare à direita.
E fiquem ligados pois, apesar da Lua ter se afastado, a conjunção ainda continua!
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Encontro de Planetas
A propósito, também vimos o planeta Vênus a olho nu às 15 horas.
A foto acima mostra a estrela Regulus, do Leão, logo acima do horizonte entre as árvores. Logo na sequência vem o planeta Mercúrio. Vênus é o mais forte, e acima dele estão Marte, à esquerda, e Saturno, à direita.
domingo, 25 de julho de 2010
Fotos do Eclipse Solar Total - por Mário Sérgio
http://www.pessoal.utfpr.edu.br/msergio/Rapanui2010-eclipse-pt.htm
Vôo Curitiba - Belo Horizonte
Durante a compra da passagem já havia reservado minha poltrona à janela esquerda da aeronave. Lá em cima, fiz a festa! Do lado esquerdo vi os planetas Mercúrio, Vênus, Marte e Saturno. Pouco depois avião passou sobre a cidade de São Paulo, a 11 mil metros de altitude.
Proximidades de São Paulo
Mas o que me cativou muito foi o tênue brilho da Lua quase cheia, que estava no outro lado. Lá de cima a atmosfera apresentava um brilho azulado próximo ao horizonte, numa faixa estreita. Era como se fosse uma fumaça, mas uma fumaça com uma cor natural e bela. Enquanto pequenas cidades passavam lá em baixo, encostei-me à janelinha do avião e coloquei as duas mãos em conxa para me proteger da luz interna. Assim, eu praticamente me senti como se estivesse lá fora, olhando o planeta Terra lá embaixo com aquele brilho tênue e prateado da Lua. Com um certo treinamento em outros vôos em perceber a curvatura da Terra e com uma certa capacidade de abstração, senti-me como se estivesse em um vôo sub-orbital ao invés de um avião de carreira.
O planeta Vênus, as cidadezinhas e o brilho lunar
Pouco depois o planeta Vênus, baixando em direção ao horizonte, atingiu a faixa azulada da atmosfera e começou a variar de brilho. Ele acendia e apagava lentamente, sendo que ese efeito ficava cada vez mais intenso à medida que o planeta se aproximava do horizonte. Havia momentos em que chegava a desaparecer, somente para reaparecer brilhando intensamente poucos segundos depois.
O avião começou, então, a descer para pousar em Belo Horizonte, e comecei a fixar meu olhar em Vênus que estava quase encostado ao horizonte. Queria vê-lo se pôr. De fato, poucos minutos depois, ele simplesmente desapareceu como um passe de mágica.
Ou seja, foi um vôo magnífico!
terça-feira, 20 de julho de 2010
Lagoa e Trífida Juntas
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Eclipse Total do Sol em 11 de Julho de 2010
O CACEP (Clube de Astronomia do Colégio Estadual do Paraná) teve dois representantes na ilha: o Mário Freitas e o construtor de telescópios Sandro Coletti. O tempo colaborou muito, especialmente pelo histórico perturbador da ilha quando à nebulosidade. Chovera bastante no dia anterior. E em muitos outros dias.
Em seu caminho a sombra atingiu a cidade de El Calafate, na Patagônia Argentina, próximo ao pôr do sol local. Lá, também, o tempo colaborara com um céu limpinho. E lá, também, as nuvens tomam conta do céu a maior parte do tempo, historicamente.
O eclipse foi um sucesso nesses dois locais! Como a sombra da Lua pegou oceano na maior parte do caminho, El Calafate e Ilha da Páscoa eram praticamente os únicos locais de terra firme onde o eclipse poderia ser observado.
Algumas fotos podem ser vistas dentro do site Space Weather, no seguinte endereço (não se esqueçam de acessar outras páginas, disponíveis no site):
http://spaceweather.com/eclipses/gallery_11jul10.htm
E dois vídeos aqui:
http://www.solareclipse.es/index_en.html
Aglomerado de Galáxias (Foto 9 da Investida)
E ainda por cima, da nossa própria Via Láctea somente enxergamos uma pequena porção. Todos os objetos celestes que vemos estão concentrados numa região pequena em comparação à toda a extensão da nossa galáxia. E, quando olhamos pelo telescópio para o aglomerado da Virgem, vemos que existem ainda muitas outras galáxias, cada qual com suas estrelas e objetos celestes!
A foto abaixo mostra algumas galáxias do aglomerado. A mais forte, próxima do centro, é o objeto catalogado pelo Messier como M60. Próximo a ela está a NGC 4647, e temos também NGC 4621, NGC 4606, NGC 4607, IC 3672, ...
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Nebulosa do Anel, da Carina e Galáxia do Sombrero (fotos 6, 7 e 8 da Investida)
A nebulosa do Anel é o resultado da ejeção de matéria a partir de uma estrela no final de sua vida útil. Já a da Carina é o lar de uma estrela supergigante, chamada Eta Carina.
E, para completar, há inúmeras galáxias no Universo afora, sendo a nossa Via Láctea apenas uma delas. A galáxia do Sombrero fica na direção da constelação da Virgem e recebe esse nome devido ao seu aspecto visto da Terra.
Nebulosa da Carina
Galáxia do Sombrero
domingo, 11 de julho de 2010
Nebulosas Ômega e da Águia (fotos 4 e 5 da Investida)
sábado, 10 de julho de 2010
Nebulosas da Lagoa e da Trífida (fotos 2 e 3 da Investida)
Nebulosa da Trífida
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Panorâmica da Via Láctea (Foto 1 da Investida)
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Investidas Astrofotográficas
Meu amigo Júnior me convidou para uma investida astrofotográfica na pousada Cainã, na quinta-feira dia 1° de julho, para que ele pudesse tirar fotos para um concurso interno da empresa onde trabalha. Aceitei, fomos lá e foi um sucesso. Ele tirou fotos com exposições muito longas para criar rastros de estrelas, e eu fiz uma foto panorâmica do céu inteiro. Mas com o Júnior querendo mais fotos, combinamos uma nova ida à Cainã para segunda-feira, dia 4.
Na segunda o tempo continuava bom e, dessa vez, fiz algumas fotos de céu profundo. O Júnior continuou com suas fotos. E como a previsão do tempo ainda garantia céu limpo na terça, combinamos uma terceira e última sessão de fotos para esse dia.
Foi o melhor dia. O céu estava mais límpido devido á redução da camada de poluição e pude tirar muitas fotos de objetos de céu profundo, como as nebulosas da Carina, da Trífida, da Lagoa, da Águia, Ômega e do Anel, assim como a galáxia do Sombrero e algumas galáxias na região da Virgem. O aglomerado Ômega do Centauro também foi alvo das minhas lentes.
As fotos serão divulgadas neste blog depois de serem processadas. Aguardem!
domingo, 4 de julho de 2010
Neblina Baixa
Esas neblinas são normalmente ocasionadas pelo ar carregado de umidade que vem do oceano. No caminho para a cidade há um desnível de quase 1000 metros, e o ar é forçado a subir. Dessa forma ele se resfria. A umidade, então, se condensa em gotículas de água, iguais às que formam na superfície de uma garrafa gelada ao ser tirada do congelador.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Um dia de Trabalho
Depois, às 17:55, o nascer da Lua sobre as nuvens presentes na Serra do Mar. Saí do meu quarto e diriji-me à janela da sala, voltada para o lado do nascente. Mais uma vez um momento único, especial... a Lua alaranjada surgia, cheia, dando seu espetáculo.
E para às 18:20 estava prevista a ocorrência de um flare de Iridium. Depois de tirar várias fotos da Lua, decidi que era hora de me preparar para o flare. Correria na montagem dos equipamentos, para estar tudo pronto para o evento.
Os satélites Iridium, colocados em órbita para o fracassado projeto de telefonia via satélite, possuem cada um 3 antenas com alto poder de reflexão. Por vezes ocorre que, durante a viagem de algum desses satélites ao redor da Terra, uma de suas antenas reflete o Sol em nossa direção. O que vemos daqui de baixo é um breve lampejo de luz. Breve mas poderoso... no pico de luz, vemos um brilho mais forte que qualquer estrela ou mesmo que o planeta Vênus. Uma foto de um flare revela toda a passagem do satélite, com um risco de luz dotado de um pico de luminosidade.
De fato, passados 17 segundos das 18:20, lá estava ele, passeando pelo céu primeiramente como um ponto fraco contra o fundo azul escuro, mas repentinamente aumentando sua luminosidade até um pico de brilho extremo para, em seguida, voltar a ser o ponto fraco que era antes.