domingo, 17 de abril de 2011

Espetáculos de 14/04/11 em Curitiba

Não foi só o dia 14 de abril que houve espetáculos no céu curitibano. O mês tem sido bem generoso com bastante céu azul, sol e calor. Mas particularmente o dia 14 esteve bem límpido, com ausência quase total de material particulado no ar, por conta de uma pequena frente fria que passou no dia 13. Resultado: durante o dia, um azul intenso no céu. A ausência de material particulado faz com que o azul do céu se torne mais escuro e intenso. Às 17:56 o Sol já baixava no horizonte. À direita do Sol, uma nuvem se desenvolvia verticalmente. Às 18:07 ela continuava iluminada pelo Sol mesmo estando ele abaixo do horizonte para os mortais aqui embaixo. Mas às 18:10 a sombra da Terra já se erguia pela nuvem. Enquanto isso, raios crepusculares apareciam partindo do horizonte poente. Às 18:18 eles estavam mais intensos. Enquanto isso, no outro lado do céu, havia alguns espetáculos à parte. Uma nuvem próxima também havia se desenvolvido bastante na vertical e, mesmo já estando mais escuro, ainda pegava luz do poente. Assim, às 18:24 ela assumiu uma cor forte, contrastando com o azul escuro do céu, por detrás de um prédio. De volta ao lado do poente, os raios crepusculares continuavam. A nuvem à direita continuava com sua torre alta, iluminada pela luz do poente. Cada dia é um dia diferente! São inúmeros pequenos acontecimentos que compõem a grande obra de Deus!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Investida astrofotográfica

Diferente do resto do ano de 2011, a semana de 4 a 8 de abril foi de tempo excelente em Curitiba! Aproveitando o fato que seriam noites sem Lua, lá fui eu para a pousada Cainã no dia 5, terça-feira. Fui para lá com o Anderson, colega da astronomia. Não fiz apenas fotos, aproveitei também para fazer algumas observações pelo telescópio. Elas incluíram alguns objetos que eu não conhecia! Um deles foi a galáxia do Catavendo do Sul (ou M83 no catálogo de Messier), na constelação da Hidra. Mas o que gostei muito foi um aglomerado de galáxias no Leão, próxima da clássica Leo Triplet. Várias galáxias visíveis ao telescópio, todas como nossa própria Via Láctea... muito impressionante!

Abaixo seguem algumas fotos que tirei por lá.

Nebulosa de Órion - M42




Nebulosa da Tarântula, na Grande Nuvem de Magalhães




Aglomerado de Estrelas Caldwell 71





Aglomerado de Galáxias Leo Triplet




Aglomerado de Galáxias no Leão



Galáxia do Catavento do Sul - M83



Composição de duas fotos - Nebulosa da Flâmula e Nebulosa Cabeça de Cavalo

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Trabalho de casa: arco circunzenital

O título desta postagem é a sugestão para uma pequena pesquisa de ciências aos alunos de uma das turmas da 5ª série de uma escola estadual em Curitiba, cuja professora é minha noiva Cristhiane. Esses alunos tiveram a oportunidade de conhecer um arco circunzenital, ao serem convidados a se dirigirem ao pátio da escola pela professora.

Era dia 8 de abril aproximadamente às 16:40, sexta-feira, quando eu, ainda no meu local de trabalho, notei a formação de nuvens altas no céu. Fiz uma anotação mental de ir verificar, dentro de alguns minutos, se havia algum fenômeno ótico na atmosfera a partir de uma janela voltada para oeste. Nesse meio tempo recebi uma ligação do Mário, também observador de fenômenos óticos, dizendo que estava vendo um arco circunzenital, variando bastante de intensidade, ficando bem forte em alguns momentos. Adiantei minha ida à janela oeste, e realmente lá estava ele! E ficou muito forte depois de mais ou menos 1 minuto! Muito colorido e lindo!


Onde eu estava vendo o fenômeno funciona a biblioteca e o arquivo da empresa. Naquele momento havia duas funcionárias, sendo que uma delas, Claudinéia, estava ao telefone, sem poder ir ver. Mas a outra ficou deslumbrada com as cores do arco circunzenital. Essa funcionária, Maridelza, teve a oportunidade de ver seu primeiro arco circunzenital da vida.


Então mandei mensagem de celular para minha noiva, que se encontrava na escola estadual. Não obtive uma resposta de imediato; imaginei que ela estaria dando aula e que só veria a mensagem mais tarde, infelizmente quando o fenômeno já tivesse acabado.


Fiquei olhando por mais um tempo pela janela. O arco variava bastante de intensidade de acordo com as nuvens que passavam, mas não ficou mais tão forte quando no começo. Claudinéia já havia desligado o telefone e também olhava o arco. Infelizmente ela perdeu o esplendor do fenômeno, mas pôde pelo menos conhecer um pouco do arco.


Lá pelas 17:30 cheguei em casa. Não havia mais o arco cirzunzenital mas havia parélios ao norte e ao sul do Sol, muito nítidos! Particularmente o do norte estava muito brilhante e com um vermelho bem vivo! Tirei fotos. Logo depois, recebi mensagem da Cristhiane dizendo que tinha visto o arco circunzenital. Liguei para ela, e ela contou que, ao receber minha mensagem, não estava dando aula, mas se encontrava em hora-atividade, momento que os professores estão na sala dos professores fazendo outras atividades. Assim ela pôde sair, e se deparou com o arco circunzenital em seu auge. Então, convidou os alunos da sua turma cuja aula se iniciaria em breve a irem ao pátio ver. Ela explicou aos alunos rapidamente do que se consistia o arco e, pelo que ela contou, eles acharam o fenômeno uma maravilha. Fizeram perguntas pertinentes à minha noiva, como porque havia um arco-íris sem chuva, e porque os cristais de gelo das nuvens não se derretiam com o Sol. Eles até tiravam fotos.


Em um certo momento, um dos alunos notou outro arco, tangenciando o circunzenital. Ele mesmo o apontou para minha noiva. Esse aluno havia reparado um arco supralateral! Esse particularmente não vi da empresa, mas o importante foi que esse aluno viu!


Assim, já em aula, a professora sugeriu uma pesquisa sobre o arco circunzenital. Os alunos que quiserem fazer a pesquisa terão que colar em seus cadernos informações sobre o fenômeno tiradas da Internet.


Os parélios ficaram visíveis por bastante tempo! Durante a ligação telefônica com minha noiva avisei desses fenômenos, e ela os viu quando se preparava para deixar a escola.


Fotografando os parélios, houve então um problema com meu cartão de memória da máquina fotográfica. Todas as fotos no cartão foram corrompidas! No momento ele está com um amigo meu que tentará recuperar as fotos. Mas posto aqui duas fotos tiradas pela Cristhiane com seu celular.


Muito me gratificou saber que crianças da 5ª série conheceram ao vivo o arco cirzunzenital. É muito bom mostrar fenômenos naturais às pessoas, pois elas passam a conhecer melhor o mundo em que vivemos. Vai ficar em minha memória esse 8 de abril de 2011.