quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sol Manchado

O dia 26 de setembro de 2011 esteve encoberto e frio o tempo todo em Curitiba. Nesse dia eu havia combinado com meus pais que sairia com eles direto do meu trabalho.

Mas então começou uma seqüência de fatos, uma cadeia de eventos inter-relacionados que culminou na foto abaixo. Primeiro, a saída com meus pais foi adiada para mais tarde, de modo que fui para casa depois do trabalho. Segundo, apesar do céu continuar encoberto, havia uma pequena e estreita faixa de céu aberto no horizonte oeste, que se formou no local certo e na hora certa. Prevendo que o sol passaria por tal abertura antes de se pôr, montei o equipamento de fotografia e esperei. Havia uma leve poluição, de maneira que o sol não estaria muito forte quando descesse no horizonte.

Quando o sol apareceu na abertura do céu, esperei mais um pouco para ele se aproximar do horizonte, e comecei a fotografar. Depois, pelo visor da câmera olhei a imagem do sol. Foi aí que percebi, na frente do disco solar, algo que parecia uma pequena nuvem ou talvez fumaça, compondo cenário com algumas outras nuvens rreais que passavam na frente do sol. Parecia uma mancha escura, e achei estranho.

Foi aí que levei um susto. A mancha se movia junto com o sol à medida que ele descia em direção ao horizonte. Foi quando me toquei: eram gigantescas manchas solares. Manchas que mostravam o quão violento estava o sol nesses dias. Fotografei mais.

Manchas solares são regiões de temperatura menor mas com campo magnético muito alto, relacionadas à períodos de alta atividade do Sol. Parecem manchas escuras se vistas com um filtro solar.

De fato, o sol estava atravessando um período de intensa atividade nesses dias. Grandes manchas eram esperadas, mas eu nunca havia sido um ativo observador do sol. Ocorre que quando vi tamanhas manchas, fiquei impressionado e decidi acompanhar mais de perto as variações de humor do sol.


ATENÇÃO: Nunca olhe para o Sol sem filtros apropriados, seja a olho nu ou com equipamentos. E, para olhar a olho nu, nunca use filme fotográfico velado, radiografias, filtros ND, filtros polarizadores etc. Use SOMENTE filtro de soldador número 14, adquirido em lojas de ferragens por preços irrisórios.

sábado, 24 de setembro de 2011

Pôr do Sol no Equinócio

Poisé pessoal, estamos na primavera! Apesar de que em Curitiba a primavera foi acompanhada de uma frente fria das fortes, fazendo o tempo, antes já frio, ficar invernoso.

Mas na véspera, dia 22, tivemos na cidade um belo pôr do sol. Na verdade, faltavam apenas 12 horas para a hora exata do equinócio de primavera quando o sol se pôs por aqui.

A propósito, equinócio é uma palavra que vem do latim: aequus significa igual, e nox significa noite. Noites iguais, donde os dias também são iguais, ou seja, têm a mesma duração, e isso em todo o planeta.

Abaixo, seguem duas fotos do pôr do sol no dia 22 de setembro em Curitiba. Na foto de cima, algumas manchas solares são visíveis próximas do limbo inferior. Na de baixo, uma minúscula mancha é visível próxima do limbo superior. Para ver as manchas é necessário clicar nas fotos para ampliá-las.


sábado, 17 de setembro de 2011

Vôo Curitiba - BH - Curitiba

Olá pessoal, passei uma semana em Minas Gerais entre os dias 7 e 14 de setembro de 2011, sendo que minha noiva foi comigo, ficando até o dia 11. Claro que peguei minhas janelas no avião!

No vôo de ida, saimos de Curitiba sob chuva e frio, com nuvens baixas. Em Minas, contudo, o tempo estava ensolarado e quente. Ainda na altitude de cruzeiro mas já mais próximo de Belo Horizonte, fotografei a curvatura da Terra. Para tirar essa foto tomei o cuidado de fazer a linha do horizonte passar pelo centro do enquadramento, para evitar qualquer distorção causada pela lente. Ou seja, a curva mostrada no horizonte realmente estava lá.


Vocês podem perceber a curvatura da Terra estando em um avião, mas precisam olhar o horizonte prestando atenção. Um pouco de treino é bom. Quando vocês menos esperarem, ela estará lá.

No vôo de volta, novamente a partida em Belo Horizonte se deu com sol e calor, apesar da presença de algumas nuvens de média altitude. Em Curitiba, frio e garoa. As nuvens sobre a cidade, contudo, mostraram-me um fenômeno chamado "arco de contraste em nuvem" durante a descida. Na verdade, vou ainda pesquisar direito sobre esse fenômeno pois não o entendo direito.


O arco de contraste em nuvem é essa tênue faixa mais clara na superfície das nuvens, indo do primeiro plano até o horizonte. Não era nada inerente às nuvens pois ela se movia junto com o avião.

A curvatura no horizonte, aproveitando, não se refere à curvatura da Terra. É apenas distorção da lente.

Logo depois, exatamente no momento que o avião entrou na nuvem, apareceu, por um brevíssimo período, um "arco-íris de nuvem". Esse arco-íris é branco, ao contrário dos arco-íris convencionais. Ele se formou pois o sol ainda brilhava sobre as gotículas da nuvem. Desapareceu logo em seguida, quando o avião adentrou de vez na nuvem.


Debaixo dessas nuvens, estava 12 graus com garoa. Também ocorre garoa no momento que escrevo esse post.