segunda-feira, 28 de junho de 2010

Um dia de Trabalho

O dia 26 de junho de 2010 foi um dia cheio de trabalhos astronômicos para mim. Primeiro o pôr do Sol às 17:34... cada pôr do Sol é único, e cada um é lindo à sua maneira. Acompenhei-o da janela do meu quarto. O Sol baixava lentamente em direção ao horizonte, até tocá-lo com sua agraciada luz.

Depois, às 17:55, o nascer da Lua sobre as nuvens presentes na Serra do Mar. Saí do meu quarto e diriji-me à janela da sala, voltada para o lado do nascente. Mais uma vez um momento único, especial... a Lua alaranjada surgia, cheia, dando seu espetáculo.

E para às 18:20 estava prevista a ocorrência de um flare de Iridium. Depois de tirar várias fotos da Lua, decidi que era hora de me preparar para o flare. Correria na montagem dos equipamentos, para estar tudo pronto para o evento.

Os satélites Iridium, colocados em órbita para o fracassado projeto de telefonia via satélite, possuem cada um 3 antenas com alto poder de reflexão. Por vezes ocorre que, durante a viagem de algum desses satélites ao redor da Terra, uma de suas antenas reflete o Sol em nossa direção. O que vemos daqui de baixo é um breve lampejo de luz. Breve mas poderoso... no pico de luz, vemos um brilho mais forte que qualquer estrela ou mesmo que o planeta Vênus. Uma foto de um flare revela toda a passagem do satélite, com um risco de luz dotado de um pico de luminosidade.

De fato, passados 17 segundos das 18:20, lá estava ele, passeando pelo céu primeiramente como um ponto fraco contra o fundo azul escuro, mas repentinamente aumentando sua luminosidade até um pico de brilho extremo para, em seguida, voltar a ser o ponto fraco que era antes.







segunda-feira, 21 de junho de 2010

Palestra em Centro Espírita

A convite de uma colega da empresa onde trabalho, a Nair, fiz uma palestra sobre Astronomia no Centro Espírita Ildefonso Correia, em Curitiba, no dia 19 de junho. O público alvo era um grupo de crianças assistidas, crianças essas que todo sábado comparecem ao centro para participarem de cursos e atividades diversas.

Tive uma ajuda muito especial da minha namorada, que me acompanhou e me ajudou na palestra, inclusive entretendo as crianças e tirando a maioria das fotos que acompanham esta postagem. Meus sinceros agradecimentos a ela!

Depois de aprenderem um pouco sobre os planetas, estrelas e outros objetos celestes de destaque, convidei a garotada a olhar a Lua pela janela, e depois a usar o telescópio no lado de fora. Mais uma vez minha namorada me ajudou muito, organizando a fila e convidando a todos a ver as crateras lunares "de pertinho". Ela chamou não apenas as crianças, os adultos que trabalham no centro também foram atraídos pelas belezas da Lua ao telescópio, mesmo sendo dia claro ainda.

Além dos agradecimentos à minha namorada, gostaria também de agradecer à Nair por ter me chamado para fazer tal palestra. Valeu!!

Antes da palestra as crianças já eram entretidas.

As crianças apreendendo um pouco sobre planetas e estrelas.

As crianças contam as estrelas em uma fotografia projetada. A foto mostrava o aglomerado Ômega do Centauro, o qual se diz conter um milhão de estrelas segundo estimativas.


A Lua crescente ao telescópio atraiu crianças e adultos, que nunca tinham sequer visto um equipamento desses.


Uma a uma, as crianças e os adultos viam as crateras lunares "de pertinho".

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Lua

Uma foto antiga da Lua... e uma vontade nova em reprocessá-la. Dia 17 de julho de 2008 fotografei a Lua cheia usando uma câmera Sony compacta e um telescópio Meade ETX-105. Alguns dias atrás, peguei essa foto e aumentei fortemente o contraste, para evidenciar as poucas diferenças de tonalidade da superfície lunar, dominantemente branca. O resultado está aí abaixo.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Saturno

No dia 6 de junho decidi tentar fotografar Saturno utilizando o equipamento de um amigo meu, o Júnior. Com um telescópio Meade LX-200 GPS de 10 polegadas de diâmetro e uma filmadora da Sony, ele tem um ótimo equipamento para fotografia de Lua e planetas. Decidi investir no referido planeta, no momento com seus anéis quase de perfil do nosso ponto de vista daqui da Terra.

Em setembro de 2009 os anéis estiveram exatamente de perfil para nós, uma condição em que não são visíveis. Desde o final de 2008 o ângulo em que eles aparecem tem estado bem rasante, mas a partir de agora essa condição vai mudar. Os anéis aparecerão cada vez melhor.

A partir de um filme de quase 1 minuto de duração feito com a filmadora acoplada ao telescópio, realizei um processo chamado "empilhamento" dos quadros do filme para obter uma foto final.


segunda-feira, 7 de junho de 2010

Poluição Luminosa

Muito se fala em poluição do ar, da água, do solo, dos rios, dos mares, sonora, visual... já outras formas de poluição são menos faladas em meio à sociedade, como a poluição eletromagnética, poluição térmica e a dita poluição luminosa.

Essa última trata-se da intrusão de luz artificial em um ambiente no período noturno. O crescimento das cidades tem contribuído em muito no aumento desse tipo de poluição, que causa efeitos adversos na fauna, nas pesquisas astronômicas e na nossa saúde. Além disso ocasiona gastos desnecessários de energia com luzes apontadas para o céu, não aproveitadas efetivamente.

Por exemplo, iluminárias em forma de globo se constituem em bons exemplos de sistemas de iluminação mal projetados. O globo direciona luz para todas as direções. Ou seja, praticamente metade da energia gasta é perdida, com luz indo também para cima ao invés de somente para baixo, onde realmente seria desejada.

As fotos abaixo foram tiradas em Curitiba no dia 7 de junho de 2010, e mostram o efeito de um único holofote apontado para o céu. Apesar dos holofotes serem utilizados apenas em ocasiões festivas, constituem-se em bons exemplos da influência de luzes direcionadas para cima.


Esta última foto foi cortada de propósito.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Altocumulus Lenticularis

No sábado, dia 29 de maio, algumas pessoas subiram o monte Camapuã, parte da Serra do mar paranaense em Campina Grande do Sul, região metropolitana de Curitiba. Dentre elas estava minha colega do Clube de Astronomia Juliana. Na manhã do dia 30, ela percebeu no céu algumas nuvens e tratou de sacar sua máquina.

Eram nuvens do tipo altocumulus lenticularis, bastante desenvolvidas. Também chamadas de nuvens lenticulares, formam-se normalmente sobre montanhas. Uma corrente de ar soprando acima delas é defletida mais para cima, formando uma espécie de onda. Se houver umidade suficiente, uma nuven se forma na região de deflexão. A nuvem lenticular parece ficar estática, pois ela vai se formando no começo da deflexão e desaparecendo no final enquanto o ar se move.

Vejam as fotos da Juliana:

Foto de: Juliana Hoy

Foto de: Juliana Hoy

Foto de: Juliana Hoy

terça-feira, 1 de junho de 2010

Crepúsculo do Anoitecer

O dia 28 de maio em Curitiba foi agraciado com um belo anoitecer. Nuvens altas que prenunciavam a entrada de uma frente fria (a mais forte do ano até então) adquiriram lindos tons com o sol poente. E, claro, ainda formaram pequenas ondas como vistas na outra postagem, as tais Nuvens-Onda de Kelvin-Helmholtz. E ainda, como se não bastasse, o nascer da Lua também foi um belo espetáculo.

Essas cores são características das nuvens altas, tipo cirrus ou cirrostratus. Devido à sua altura, continuam sendo iluminadas pelo sol vários minutos depois que este já se pôs aqui na terra. Sendo sol poente, sua luz fica bastante avermelhada por atravessar uma enorme posção da atmosfera no seu caminho até atingir a nuvem. Ela, assim, adquire um tom vermelho forte contra o céu azul já mais escuro visto daqui de baixo.