segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Iridescência

Hoje estava eu olhando as nuvens no final da tarde, quando reparei algumas que poderiam ocasionar um fenômeno chamado iridescência. Mas esse fenômeno ocorre próximo ao Sol, e nesta época do ano não consigo ver o Sol do meu apartamento no final da tarde. Exceto... talvez esticando o pescoço para fora da janela do quarto de casal...

Foi o que decidi fazer e fui muito bem recompensado! Estava lá uma iridescência muito bonita! Corri então para pegar a câmera. Ela já estava mais fraca no momento que tomei as fotos, mas ainda estava bonita.



O padrão colorido nas nuvens, à esquerda, é a iridescência. É causado por um complicado fenômeno físico chamado difração, que ocorre com a luz solar ao incidir sobre as gotículas de água que formam as nuvens. Como ocorre próximo ao Sol, tive que baixar bastante a exposição da máquina fotográfica, de modo que o céu azul acabou aparecendo quase preto nas fotos.

Mais informações sobre iridescência, em inglês, no site Atmospheric Optics, do Les Cowley:

http://www.atoptics.co.uk/droplets/irid1.htm

sábado, 20 de novembro de 2010

Astrofotografias de 3 de novembro

No dia 3 de novembro, quarta-feira, fiz uma incursão à pousada Cainã para tirar algumas fotos do céu. A região de Curitiba estava experimentanto tempo aberto e agradável havia muitos dias, incluindo todo o feriadão de 2 de novembro (exceto na noite de sexta para sábado), e essa condição continuava no dia 3. Mas eu passei o feriado em Minas Gerais com minha noiva, onde o tempo não colaborou, culminando com muita chuva no domingo e na segunda. Era hora de recuperar as energias!

Um amigo, o Anderson, me acompanhou. Resolvi fotografar objetos mais fracos, para depois pegar alguns mais clássicos. Comecei com a Nebulosa Véu do Leste e a Véu do Oeste, remanescentes de uma explosão estelar. A do Oeste não ficou muito boa, mas deixo aqui a Véu do Leste.


Enquanto isso eu e o Anderson olhávamos pelo telescópio alguns objetos, como as duas Nuvens de Magalhães. Na sequência fui fotografar a Galáxia de Andrômeda, a única galáxia que vemos a olho nu com exceção das Nuvens de Magalhães.


O Anderson então me sugeriu ir para a Galáxia do Triângulo, ali na mesma região do céu. É uma galáxia fraca mas resolvi tentar.


Pretendia então fotografar as Nuvens de Magalhães, galáxias bem mais fortes e grandes. Mas explodiu um transformador ao longe e a energia na Cainã acabou. Como eu estava tanto com a câmera fotográfica como o tripé motorizado ligados na energia, a festa acabou. Mas logo depois, enquanto eu ajeitava as coisas para ir embora, algumas nuvens surgiram no céu para o lado de Curitiba. Iluminadas pelas luzes da cidade, adquiriram um belo tom avermelhado na paisagem da pousada. Além disso a constelação de Orion, com suas Três Marias, já havia nascido e estava misturada a essas nuvens.


Foi uma bela noite, pude aproveitar muito! Além das fotos vi pelo telescópio vários objetos dos quais estava muito saudoso!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Cumulus Humilis

Hoje foi um dia de tempo seco e estável em Curitiba. Normalmente, com tempo seco, o céu amanhece limpo, depois formam-se algumas nuvens estilo cogumelos no céu à tarde, e à noite elas desaparecem. São as nuvens cumulus, típicas de tempo bom.

As cumulus têm vários estágios de desenvolvimento. Ao aparecerem elas são normalmente pequenas, com alturas menores que suas bases. São as cumulus humilis. Pode ocorrer de, com um desenvolvimento posterior, suas alturas fiquem iguais às suas bases, passando então ao estágio de cumulus mediocris.

Se for um dia bem quente as cumulus continuam se desenvolvendo e acabam colando-se umas às outras, formando grandes paredões de nuvens. São as cumulus congestus. E, caso haja energia para mais desenvolvimento, elas se transformam na mais ameaçadora e agressiva das cumulus, as que provocam as grandes tempestades de verão, com pancadas rápidas de chuva pesada. São as cumulu-nimbus.

Hoje em Curitiba elas chegaram apenas ao primeiro estágio, a humilis, com algumas cumulus mediocris isoladas no começo da tarde, devido à ausência de um aquecimento mais acentuado.

Nuvens Cumulus humilis

domingo, 7 de novembro de 2010

Halo solar em Curitiba

No dia 5 de novembro à noite houve a entrada de uma frente fria em Curitiba. Essa frente durou apenas algumas horas, mas nuvens altas se formaram na sua dianteira. Essas nuvens, com seus cristais de gelo, provocaram a formação de um halo solar em Curitiba durante o dia.

Os cristais têm o formato de placas hexagonais. Essa geometria permite a formação dos halos.

Para registro: as fotos abaixo foram tiradas por volta das 13:30, horário de verão local. Antes, lá pelas 10 horas, houve o início da formação de um halo circunscrito, fazendo uma bela composição com o halo circular. Mas não ficou muito forte.