Depois, às 17:55, o nascer da Lua sobre as nuvens presentes na Serra do Mar. Saí do meu quarto e diriji-me à janela da sala, voltada para o lado do nascente. Mais uma vez um momento único, especial... a Lua alaranjada surgia, cheia, dando seu espetáculo.
E para às 18:20 estava prevista a ocorrência de um flare de Iridium. Depois de tirar várias fotos da Lua, decidi que era hora de me preparar para o flare. Correria na montagem dos equipamentos, para estar tudo pronto para o evento.
Os satélites Iridium, colocados em órbita para o fracassado projeto de telefonia via satélite, possuem cada um 3 antenas com alto poder de reflexão. Por vezes ocorre que, durante a viagem de algum desses satélites ao redor da Terra, uma de suas antenas reflete o Sol em nossa direção. O que vemos daqui de baixo é um breve lampejo de luz. Breve mas poderoso... no pico de luz, vemos um brilho mais forte que qualquer estrela ou mesmo que o planeta Vênus. Uma foto de um flare revela toda a passagem do satélite, com um risco de luz dotado de um pico de luminosidade.
De fato, passados 17 segundos das 18:20, lá estava ele, passeando pelo céu primeiramente como um ponto fraco contra o fundo azul escuro, mas repentinamente aumentando sua luminosidade até um pico de brilho extremo para, em seguida, voltar a ser o ponto fraco que era antes.



