sexta-feira, 28 de maio de 2010

Nuvem-Onda de Kelvin-Helmholtz

O dia 28 de maio de 2010 ficará marcado em minha memória pelas belas nuvens presentes o dia todo no céu, e pelo espetacular anoitecer, ainda culminando com um belo nascer da Lua. Ao passar os olhos rapidamente pelas fotos depois de baixá-las no computador, deparei-me com algo que não tinha reparado ao vivo.

Trata-se da Nuvem-Onda de Kelvin-Helmholtz. São nuvens com a forma de ondas do mar quebrando, formadas pela presença de um forte gradiente vertical na velocidade e/ou direção do vento na altura da nuvem. Em outras palavras, a velocidade e/ou direção do vento muda muito em alturas próximas. Isso causa uma instabilidade no fluxo de ar na altura da mudança do vento, gerando um fluxo em ondas.

A Nuvem-Onda, na foto abaixo, está no centro (clique na foto para ampliá-la). Eram pequenas nesse caso, mas estavam lá. Já vi uma Nuvem-Onda bem grande no Ceará, mas estava sem máquina no momento...


As fotos do anoitecer e do nascer da Lua estarão aqui assim que possível!

domingo, 23 de maio de 2010

Grande Mistério em Júpiter

Cada planeta do Sistema Solar, visto ao telescópio, tem uma característica marcante própria, uma assinatura particular. Vênus com suas fases como a Lua, Marte com sua cor vermelha característica e a presença de gelo em um dos pólos, Saturno com seus anéis... com Júpiter não é diferente. Ele possui duas faixas de nuvens próximas ao seu equador, circundando o planeta inteiro. São duas faixas mais escuras que o resto da superfície., chamadas faixas equatoriais.

Mas Júpiter parece ter perdido uma dessas faixas. Ou mais provavelmente, tenha tido essa faixa encoberta por nuvens mais altas. O fato é que o planeta agora parece ao telescópio com sua principal assinatura transformada. Para comparar, é como se Saturno perdesse metade do seu anel.

As fotos abaixo foram feitas pelo astrofotógrafo australiano Anthony Wesley. A da esquerda, tirada dia 4 de agosto de 2009, mostra as duas faixas mais escuras, correndo na horizontal. Na da direita, tirada dia 8 de maio de 2010, a faixa de baixo (a do sul) está desaparercida.



Essas nuvens têm mais de 430.000 km de extensão cada uma, dando toda a volta no planeta. O desaparecimento ou encobrimento de 430 mil km de alguma coisa é, no mínimo, surpreendente.

Quem tiver a oportunidade dê uma olhada no planeta em telescópio!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Lua e Sol

No dia 19 de maio de 2010 tivemos, em Curitiba, o ingresso de uma massa de ar polar. A temperatura mínima foi de 6 graus no aeroporto, e 7 na cidade, na madrugada entre os dias 19 e 20. Com o céu limpo característico dessas massas, aproveitei para fotografar a Lua que baixava no horizonte na noite de 19. No dia 20 durante à tarde, o céu fechou e até tivemos algumas garoas. Mas uma faixa de céu limpo perdurou no horizonte oeste, possibilitando ao Sol poente nos iluminar por alguns minutos.

No momento que escrevo este texto, às 22:45 de 20 de maio, o céu está maravilhoso, com uma bela Lua crescente.



segunda-feira, 3 de maio de 2010

O Nascer da Lua

A segunda-feira dia 3 de maio de 2010 em Curitiba foi uma extensão do final de semana no que concerne à meteorologia: muito sol, céu azul e temperatura agradável. Tendo a noite chegado ainda sem nuvens, esperei pelo nascer da Lua que ocorreria precisamente às 22:14. Esperei mais uns 2 minutos até que ela vencesse as montanhas da Serra do Mar. Não me decepcionei. Ela apareceu por trás das montanhas, vermelha, em fase minguante.